No dia 12 de outubro aconteceu a 38ª edição da Taça Universitária de São Carlos (Tusca), segundo estimativas deveria injetar R$ 10 milhões na economia de São Carlos e receber cerca 75 mil pessoas em quatro dias de festa. A TUSCA gerou cerca de 3 mil vagas de empregos temporárias na área de alimentação, hotelaria, segurança dentre outros. O evento contou com quatro dias de shows, festas, trazendo várias atrações de destaque para o evento como a banda bonde do tigrão e a cantora em ascensão Pablo Vittar.
Entretanto a TUSCA não surgiu apenas por causa das festas e dos shows, mas também pelos jogos e competições esportivas que ocorriam inicialmente entre as universidades UFSCAR( Federal ) e a USP-São Carlos (CAASO), sendo hoje o maior evento poliesportivo universitário do Brasil, contando com a presença de esportistas das universidades públicas de São Carlos e de universidades visitantes. A Taça Universitária conta com 19 modalidades esportivas. Durante os jogos é difícil segurar a emoção a torcida vibra,chora, torce e se une em uma só voz entoando um mesmo hino!
Por trás disso existe uma jogadora que não possui time, que ora está a favor dos competidores ora contra, ela muitas vezes não é mencionada, mas quando o fazem, notamos que as pessoas normalmente não a compreendem e atribuem funções que não lhe cabem. Porém se você se interessar em conhecê-la garanto que ela pode te ajudar a entender jogadas “impossíveis” e quebra de recordes. Se interessou? Então sem mais delongas conheça a física, nossa jogadora!
A seguir vamos mostrar como nossa jogadora joga dentro de alguns esportes da Tusca.
Atrito em jogo
Na natação o deslocamento do nadador provoca a entrada do atrito na competição, que atua com uma força contrária ao movimento deixando o atleta mais lento. Tentando contornar isso os nadadores se depilam, utilizam roupas e toucas que foram desenvolvidas para essa prática esportiva, com isso o atrito com a água diminui e desliza mais facilmente pelo corpo do atleta. Na corrida o atrito joga também! Porém ele pode ser driblado novamente! Se formos para altas altitudes, o ar fica mais rarefeito, ou seja, menos denso e o atrito diminui, permitindo que corredores velocistas consigam fazer em menor tempo suas corridas, como aconteceu em 1968 na olimpíada da Cidade do México que rendeu recordes históricos, que em alguns casos só foram quebrados cinco olimpíadas depois! Mas sabe o que é engraçado? Todos querem tentar se livrar do atrito, mas se ele não entrar em cena ninguém joga!
O olé da Inércia:
No basquete para driblar um adversário o atleta joga com a inércia, porque segundo Newton a regra é clara; todo corpo em movimento tende a permanecer em movimento, sendo assim os jogadores da Federal estão liberados para atordoar os adversários do CAASO deixando eles imóveis e para trás! É por conta dessa mesma inércia que as vezes temos aqueles “pequenos” como o grande Muggsy Bogues que com 1,60m de altura e 60 kg conseguia driblar e deixar para trás jogadores mais pesados que ele, garantindo jogadas incríveis levando o plateia a loucura!
Para vencer utilize o movimento oblíquo a seu favor:
Sim, esse tal de movimento oblíquo quando bem usado garante um pênalti perfeito. Para conseguir esse feito o jogador deve chutar a bola no “ângulo” (cerca de meio metro do travessão e da trave) para que a bola saia com uma velocidade de 104 km/h. Não parece fácil e não é mesmo, chutar a bola nessa velocidade já é difícil, direcionar o chute é ainda mais desafiador. Porém, se o cobrador conseguir, não importa quem é o goleiro nem Tafarel segura. Corre pro abraço que é goooooooooooool!
A rotação dando aquele efeito na bola.
Agora vamos falar de uns dos itens fundamentais de muitos esportes, a bola. A graça da brincadeira se deve ao seu formato, quando ela gira faz com que as camadas de ar a acompanhe e isso cria uma diferença de pressão. ok, vamos abrir mais esse jogo, isso quer dizer que a bola vai acabar indo para uma direção inesperada, criando esse efeito como vemos a seguir. Esse tal efeito atende pelo nome de Magnus e garantiu o gol mais famoso da carreira do jogador Roberto Carlos do ano de 97.
Falando em dar efeito na bola você já parou para ver um jogo de tênis? O que torna o jogo emocionante é ver aquela bolinha amarela pingando no chão e desviando para lugares que a gente não imagina, isso acontece porque mais uma vez a física entra em jogo, pensando em uma colisão elástica o ângulo que a bolinha incide no chão é o mesmo ângulo que a bolinha desvia, isso é o que a gente acaba acostumando e esperando, mas quando se rotaciona a bola para frente ela desvia para um ângulo menor e quando rotaciona para trás ela desvia para um ângulo maior.
Legal, não é? E olha que o que apresentamos nesse texto é muito pouco perto das inúmeras participações da física. Vale mencionar também sobre como o desenvolvimento tecnológico anda sempre melhorando os resultados dos atletas, logo a cada nova competição temos mais aperfeiçoamentos de roupas, materiais e treinos.
Contudo fica claro que a nossa jogadora está presente em todos os esportes, mesmo ora indo contra, ora a favor, no fim ela sempre joga a favor de uma partida emocionante! Estamos chegando ao final de nossa narração e para não estendermos para os acréscimos encerramos com um fato inquestionável : Xupa caaso,sempre…Porque a taça é nossa!!!
BIBLIOGRAFIA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taça_Universitária_de_São_Carlos
Cienc. Cult. vol.57 no.3 São Paulo July/Sept. 2005, FÍSICA E ESPORTE http://revistagalileu.globo.com/blogs/Ciencia-em-jogo/noticia/2015/02/fisica-e-futebol-ciencia-aplicada-nos-dribles-chutes-e-defesas.html
Marcelo Andrade de Filgueiras Gomes (http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252005000300018)
Física na Escola, v. 5, n. 1, 2004 A Física nas Transmissões Esportivas_Alexandre Medeiros (http://www.joseferreira.com.br/blogs/fisica/material-complementar/a-fisica-nos-esportes/)
https://www.real-world-physics-problems.com/physics-of-sports.html